domingo, 16 de fevereiro de 2014

Avançando aos pouquinhos.

A história, enquanto fatos vividos numa cadeia de fatos sucessivos é obra da Divina Providência. A história enquanto narrativa dos homens, infelizmente é uma construção, quase sempre tendenciosa, e muitas vezes falsa. Se você enquanto individuo, percebesse de imediato os fatos de sua vida, e os narrasse por escrito de imediato, esta seria a história de sua vida, porém, se o fizer depois de longo tempo de vividos os fatos, você construirá a sua história, conforme a ótica do momento em que você escreva. Ora mas a sua história, vivida ou construída não é a história dos indivíduos que contigo viveram os fatos. Os antigos, mais habituados que eu às longas narrativas, num período muito anterior ao uso massivo da escrita, sabia, disso, muito melhor do que nós. Por isso, o dogma da revelação, vem em socorro dessas deformações individuais dos fatos, pois é Deus contando a sua história aos homens, e como Deus não muda, através de suas revelações, sabemos distinguir a verdade do falso.
Certamente alguém haverá de discordar, mas a Revelação é um ato de Fé.
Quando analisamos a História Universal com isenção, percebemos que tomamos de empréstimo o ponto de vista do narrador, no seu tempo, e segundo os seus valores, o que nos mostra que acabamos fazendo uma falsa idéia dos fatos. Essa intuição levou os homens a negar a história, ou ao menos, atribuir-lhe um valor relativo, e os homens criaram em seu lugar o pragmatismo, a vivência utilitarista do presente, sem o empréstimo de valores do passado. Isso criou a Ética consuetudinária, afastando o homem, da história Divina, e dos valores inscritos no coração do homem. O pensamento, a Razão, para o homem cristão é um Dom gratuito, que pode ser revelado em etapas, ou no caso de manifestações geniais, na mais tenra infância, porém em ambos os casos tem origem Divina. É a tal Imagem e Semelhança de Deus que nos fala a Sagrada Escritura.
Atila, de fato, como seus homens invadiu a Gália destruindo muitas cidades, mas evitou Paris. Visigodos e Francos se uniram em torno do general Écio, romano, que era responsável pelos domínios romanos da Gália e derrotaram Atila na Batalha dos Campos Mauricios. Em 451.
No ano seguinte, nos contam, invadiu a Itália e destruiu a cidade de Aquiléia, cujos habitantes em fuga retiraram-se para uma região pantanosa do Adriático (veja no Mapa) e fundaram Veneza. Sem saquear Roma, Atila depois de um encontro com o Papa São Leão Magno, retira-se da Itália com seus guerreiros em destino da Pamônia, liberando assim os ostrogodos que estavam sob seu domínio, estes liberados dirige para a Itália. Assim no ano de 476, Odoacro, dos Hérulos, toma Roma do Imperador Rômulo Augústulo, tornando-se Odoacro Rei germânico da Itália. Porém, pouco depois os Ostrogodos, chefiados por Teodorico, chegam e expulsaram os hérulos em 489, tornando-se Teodorico rei germano Ostrogodo da Itália. Depois da morte de Teodorico, Justiniano Imperador do Oriente reconquista a Itália. Os últimos germanos a ocupar a Itália foram os Lombardos, deixando seu nome ligado ao Norte do país, ou seja, a Lombardia. Tendo o rei lombardo Desidério ameaçado tomar Roma, o Papa apelou ao Rei Franco Carlos Magno (muita coisa havia acontecido na Gália dos Francos desde Meroveu, passando por Clovis, ate chegar a Carlos Magno) que atacou os lombardos vencendo o lombardo Desidério e lhe tomando o Reino. Começava a delinear-se o Sacro Império Romano dos Francos. Como você vê o Império Romano do Ocidente já não existia, Roma era governada moralmente pela Igreja, que lhe dava a unidade e importância.
No meio disso tudo, clérigos, monges leigos, e missionários sobreviviam.

Ao norte a ilha da Bretanha, ou depois chamada terra dos Anglos (Angla terra = Inglaterra) era povoada por um povo muito antigo, os Bretões, da mesma raça que os Gauleses. “(que haviam resistido aos Romanos e ao Cristianismo). Como fossem atacados pelos Escotos (habitantes da Escócia de hoje) que viviam ao norte da ilha da Bretanha (Hoje Escócia) os bretões pediram auxilio aos germanos Anglos e Saxões, que habitavam o continente Europeu. Todavia os Anglos e Saxões venceram os Escotos, mas tornaram-se senhores da Ilha da Bretanha. Os Bretões que não quiseram submeter-se passaram assim, para o continente, onde ocuparam a Armória (Norte da Gália, hoje França) que passou a chamar-se Bretanha. Os territórios eram enormes, e os historiadores nunca nos contam o numero dos guerreiros, e os limites das terras ocupadas, justamente porque o conceito de fronteiras era diferente dos nossos.
Os Francos.
Ate o aparecimento de Clóvis, os francos se dividiam em varias pequenas tribos que ocupavam uma região da Gália ao sul da Bélgica de hoje. No resto da Gália (cujos limites não eram claros) viviam quatro povos: Os romanos, ao sul dos francos. Os visigodos nas proximidades dos Pirineus na célebre Aquitânia de tantas guerras. Os Burgúndios viviam no vale do Ródano (reino da Borgonha, e finalmente ao norte da Borgonha os alamanos. Clovis submetendo todos esses povos os unificou em um único reino sob domínio dos francos. Clovis era da dinastia dos Merovíngios, nome derivado do rei Franco Meroveu, rei Franco que combateu Atila ao lado do romano Écio. A segunda dinastia dos francos foi a Carolíngia, porque seu maior soberano foi Carlos Magno. Clovis e os Francos ainda eram pagãos quando venceu os romanos na Gália. Conta-se que na luta contra os alamanos, Clovis que era franco e, portanto germano, apelou para os deuses do politeísmo germano, não sendo atendido, então em desespero apelou para o Deus de Sua mulher Clotilde (cristã) prometendo converter-se ao cristianismo. Vitorioso ele e seus três mil guerreiros se apresentaram em Reims onde foram batizados por São Remígio, bispo. Batizado passou a contar com o apoio dos clérigos e da maior parte da população cristã de origem romana na Gália. Isso facilitou a vitória sobre os visigodos e os burgúndios.
A história Eclesial se interpreta sobre

Uma hipótese que não pode ser desprezada.

Uma hipótese que não pode ser desprezada.
Podemos ler em diversas passagens do Evangelho (sempre que falamos em Evangelho falamos do novo testamento os quatro Evangelhos, os outros livros fazem parte da tradição judaica) que Jesus lia nas sinagogas, mas nada nos escreveu. Portanto ele lia, e escrevia, como lemos no episodio da tentativa de lapidação da mulher adultera. Todavia de seus apóstolos, apenas Tiago, Matheus, Judas, Pedro e João escreveram. Porque tão poucos escritos, todos posteriores à morte e ressurreição do Senhor?
Os livros mais antigos eram impressos em pergaminho, mas foi o papel que deu impulso à tipografia. O papel como substituto do pergaminho começou a ser usado na Europa cerca de três séculos antes de se fundirem os primeiros tipos de metal. (de 1100 a 1438 com Gutenberg)
A primeira referência sobre a sua fabricação data do ano 105 da era cristã: o funcionário imperial T'sai Lun apresentou a novidade ao imperador chinês Ho Ti. ( Texto da Escola de Sociologia e política de São Paulo)
Os gregos e Romanos se utilizavam do linho e os chineses da seda.

A Invenção da imprensa ( texo de enciclopédia portuguesa)
A invenção da imprensa confere ao homem o seu primeiro grande meio de comunicação
, proporcionando a preservação e a divulgação em larga escala do conhecimento humano, até então limitado a um número restrito de privilegiados .

Os Chineses foram os precursores da invenção da imprensa ao criarem as primeiras formas de reprodução. O mais antigo livro conhecido é uma xilogravura Chinesa, o Sutra Diamante, datada de 868 d.C.

No entanto foi na Europa, em meados do século xv, e sem qualquer prova de que as descobertas Chinesas tivessem tido alguma influência, que se inventou a imprensa tipográfica.

Anteriormente, ao longo dos séculos, a comunicação entre os homens limitava-se ao poder da voz humana, às primeiras formas de escrita experimentadas em suportes diversificados, como a madeira, o papiro, a seda e o pergaminho.

É sobre o pergaminho que o Ocidente vai começar a ler, enquanto na China o papel irá substituir a seda e a casca de bambu.

Na Idade Média, o livro tornou-se uma obra de arte com as suas belas encadernações em couro, marfim, prata, bronze, tecidos bordados ou adamascados, etc. No texto a caligrafia e a pintura unem-se para produzir as iluminuras.

No entanto, a divulgação do livro era pequena, visto o trabalho do copista ser moroso, o que tornava o livro dispendioso. Além disso, era impossível evitar os erros, resultantes das falhas dos copistas.

Bibliotecas eram raras e geralmente pequenas, dificilmente contendo mais do que 500 volumes, muitas vezes acorrentados às estantes para não serem roubados.

A invenção da tipografia, cerca de 1438, caracterizou-se pela introdução de alguns factos que lhe justificam o carácter inovador: a adopção das matrizes metálicas que permitiram a fácil multiplicação dos caracteres tipográficos e do molde de fundição dos mesmos; a utilização da prensa, embora esta constituísse uma adaptação da então usada para o azeite e o vinho.

A invenção da tipografia é atribuída a Johann Gutenberg, alemão, de Mogúncia, que fez as suas primeiras experiências em Estrasburgo por volta de 1436.

Desse modo nos já temos duas dificuldades, ou alguns apóstolos não escreviam, ou a base, o suporte para a escrita eram insuficientes. Manuscritos, escritos em couro (pergaminho, linho, seda, ou papiro (folhas de uma palmeira), os setenta e dois livros Bíblicos haveriam de ocupar um bom espaço. Os manuscritos eram guardados em tubos de barro, osso, ou bambu, ou simplesmente enrolados, o que impedia que o cristão, raro cristão que soubesse ler, andasse com eles de um lado para outro. Não eram só um ”privilégio dos cristãos”, os judeus, por exemplo, nas sinagogas (palavra que nos fala de ensino) as leituras eram feitas, em assembléias, para que os que não sabiam ler ouvissem. A escrita esteve muito ligada magia, não no sentido, que hoje fazemos de magia, mas, por exemplo, na história da América houve um episodio, onde um espanhol mandou um bilhete a outro espanhol, e os índios, mensageiros, ficaram maravilhados com o papel que falava. Assim alfa-bet- wizard (alfabetizado) para alguns autores vem do nome das primeiras letras do alfabeto grego, mais o conceito que os bárbaros faziam dos magos (wizard= mago; das letras) Os alfabetizados (alpha-beht-wizard) eram pessoas de grande poder.
Posto isso a permanência do texto Bíblico é um milagre. Embora não podemos deixar de perceber, e avaliar, que pela raridade de textos originais do tempo dos apóstolos eles eram em numero reduzidos. Hoje conhecemos o Evangelho pelo cuidado que teve a Igreja em guardar aquilo que foi possível, e só havia uma Igreja Cristã, a igreja de Cristo em Pedro, depois, muito depois dividida em duas, e quatrocentos anos depois dessa divisão, aparecem os protestantes e com eles os que se dizem evangélicos, como se a primeira Igreja não a fosse, na verdade a primeira Igreja, foi a “inventora, ou redatora do Evangelho”, todavia, também vimos que diversas imperadores mandaram destruir os “Documentos Cristãos”. O judeu não converso como pode imaginar, não teriam o menor interesse em preservá-los; do mesmo modo os romanos pagãos. Os textos que nos chegaram, foram sobreviventes de uma aventura sem igual, venceram os inimigos da fé, o envelhecimento pelo tempo e manuseio, os erros e desatenções dos copistas. Na verdade o texto bíblico vai ser “vulgarizado” (Volgatur; Volk; + wizard) (vulgo=povo+ wizard+magia) a partir de 1450, o que, como conseqüência lógica, para aqueles que nunca o tinham visto, ficava a tentação de interpretá-lo como bem entendessem. Mas os mais antigos evangelhos, escritos, no caso, quase 1400 anos antes de Gutemberg , já estipulavam o magistério infalível, quando o Senhor entregava as chaves do reino do Céu e da Terra, dizendo a Pedro que o que ele abrisse, estaria aberto, o que ele fechasse, estaria fechado em termos de doutrina, e o que ele desligasse (perdoasse, estaria perdoado, e o que ele não perdoasse, não estaria perdoado). Eu não estou tentando convencer estou lembrando que a Escritura diz isso. Pedro é poder.

Os primeiros passos em direção ao quarto século.

Os séculos IV (quarto) e V (quinto).
Hebreus 11: “A fé consiste em realizar o que se espera, é uma certeza a respeito do que não se vê”
Finalmente damos os primeiros passos em direção a esses séculos difíceis.
Para começar, voltamos um pouco, aos inícios, ao caso dos judaizantes.. Voltamos apenas para dizer que isso comprova insofismavelmente que os primeiros cristãos eram massivamente judeus, (por exemplo: em epistola a Tito, leremos: ” há em toda a parte, sobretudo entre os circuncisos (judeus) uma quantidade de insubmissos”), .... E isso dizia respeito a Creta; e assim continuou pelos primeiros trezentos anos, sempre encontraremos maior numero de cristãos na comunidade de judeus dispersas pelo mundo, do que nas comunidades pagãs. Foi uma longa caminhada do cristianismo ate tornar-se religião de Estado em mais ou menos 380, período que corresponde a ¾ de toda a história do Brasil. O engano que temos de interpretação vem do fato de estudarmos mais a questão pela história universal do que pela história Bíblica. Resolvido o caso se o cristão devia ou não ser circuncidados, surge as duas primeiras heresias. A primeira deriva dos judaizantes que se chamava a heresia Ebionistas de Ebionim (pobreza em Hebraico). Esses judeus cristãos tiveram dificuldade de abandonar as conseqüências (interpretações e deformações da Lei) da lei de Moisés, professando que segui-las (os rituais Judeus) era necessário para a salvação, mesmo depois do Concilio de Jerusalém em 49 presidido pelo apóstolo Pedro. Quando morreu o apostolo Tiago, os Ebionistas negaram o seu sucessor Simeão, como bispo da Igreja de Jerusalém, e elegeram um bispo próprio, sendo esse o primeiro cisma da Igreja, nos diz o cronista. Tornaram-se cruéis adversários do cristianismo, em particular de São Paulo, que consideravam um renegado do “ povo Escolhido”.
Os Milenaristas: A esperança de restauração temporal do “Império Israelita Universal”, cujo reino seria exercido pelo “Messias”, esperança ate hoje alimentada pelos judeus, máxime o sionista tomou uma nova forma entre os judeus cristãos. Os Milenaristas. A tese, professadas por muitos judeus cristãos vinha de uma ma interpretação do texto de João (Ap.
20,1(-7) que o demônio havia sido aprisionado por mil anos, e que, portanto os cristãos reinariam, por mil anos em fartura e depois seria a vida eterna. Mas não foram só os hereges, nos diz Negromonte, que adotaram essa tese, também os Ebionistas, os Montanistas, e homens Santos como São Justino, Santo Irineu e Lactâncio o aceitaram. O próprio Santo Agostinho chegou a professá-lo por uns tempos ate tornar-se seu ferrenho opositor. Terminada as perseguições ( centro das esperanças Milenaristas) a heresia extinguiu-se, e já não existia no século IV. Estranho apenas que não tenha havido uma condenação formal (que talvez tenha escapado as minhas pesquisas).
O gnosticismo: Enquanto o Imperador Trajano, perseguia duramente os cristãos, como já vimos, martirizando o Papa Clemente em Roma; o Bispo Simeão sucessor do apostolo Tiago em Jerusalém; Santo Ignácio em Antioquia surgiam e imiscuíam na Igreja os erros gnósticos. Tinha raízes antigas, oriundas de Simão o Mago e era professado pelos Nicolaitas (contemporâneos dos apóstolos) que negavam os mandamentos. Mais tarde com Valentim em Roma, esses erros tomaram corpo (140-160) Combatido por Santo Irineu de Lião, foi condenado pela Igreja.
O Marcionismo: o nome de vem de Marcion, que veio a Roma à época de Antonio Pio. Marcion fora excomungado pelo Bispo de Sínope. Em Roma foi recebido na Igreja, mas logo foi expulso. Abusando da “livre interpretação” do texto de São Paulo, entre a lei e a Fé, ou seja, liberdade diante da lei chegou a estabelecer uma ruptura total entre a tradição judaica e a tradição cristã - caindo no dualismo gnóstico. Fundou uma seita cristã, seguida pó clérigos e bispos perturbando a Igreja em Roma, sempre combatido, por Justino; Tertuliano e Irineu. Foi condenado pela Igreja. ( vejam a importância do magistério Infalível da Igreja em fé e moral).
Montanismo: Na metade do segundo século surge na Frigia um carismático, que se dizia bispo e enviado por Deus para aperfeiçoar a Igreja. Essa corrente gnóstica professava que através de estases os cristãos espirituais (em contraposição aos cristãos psíquicos) dispensavam a autoridade eclesial, pois se colocavam em contacto como deus sem o ministério dos homens, consideravam a existência de uma terceira revelação (como aconteceu posteriormente com Maomé) superior as duas primeiras (existiria assim uma Novíssima Aliança). Condenava o matrimonio e obrigava a procurar o martírio. Tornou-se com o tempo mais “brando” professando o rigorismo moral, mas sempre pregando a desobediência no seguimento do magistério dos apóstolos. Esse rigorismo conquistou o grande Tertuliano, que se tornou um montanista. Todavia desde o começo vários concílios (veja a importância dos colégios dos Bispos reunidos diante da autoridade Papal) condenaram os erros dos Montanistas. No Oriente foram condenados por Zeferino, depois de terem sido denunciados por Praxéias.
Maniqueísmo: mais tarde, bem mais tarde, o gnosticismo aparece numa nova forma, à forma de Mani, um persa, que apresentava o dualismo, Bem e mal, sob a forma dos deuses persas Ormuz deus da Luz, e Ahrimã, deus das trevas (origem da Suástica, cruz rotativa invertida) com aparência de cristianismo. Organizou sua Igreja, nos moldes cristãos, como 12 Magistri (juízes) Episcopis (72 vigilantes) e Presbyteri (sacerdotes). Era uma seita imoral, praticava a abstenção da geração, mas não do ato sexual; as comidas impuras; e os trabalhos serviçais. O Grande Santo Agostinho, filho de mãe cristã e pai pagão, foi “maniqueu” antes de se converter. Depois foi seu principal denunciador e opositor. O maniqueísmo, foi condenado pela Igreja, mas difundiu-se tanto no Oriente como no Ocidente.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Frarernidade e tráfico humano.

Fraternidade e tráfico humano.
O sinônimo mais usual de fraternidade é irmandade. A palavra nos fala do sentimento de pertença, irmãos pertencem à mesma família, a mesma irmandade, ao mesmo grupo ideológico, a grande família humana. Pertencer significa fazer parte, assumir parte das mesmas responsabilidades e deveres. Tráfico, é no sentido jurídico positivo, o comercio em si, no sentido negativo é o transporte ilícito de substancias, objetos (armas, por exemplo), plantas, animais e pessoas. Essa palavra fala de mobilidade. Bem, irmandade e mobilidade dizem respeito à liberdade de pertencer e de transportar ou transportar-se. Liberdade nos fala de ato voluntário, desejo, liberdade de escolha, respeito a si e a própria vida e ao próximo seus bem e sua vida.
O oposto de liberdade é a licenciosidade. A licença no sentido jurídico, nos fala da exorbitação do desejo de alguém sobre o direito do próximo, é por esse motivo que quando lemos a expressão “Tráfico Humano” imediatamente nos  lembramos de escravidão, que é a ação de um opressor sobre um oprimido, ação contra a vontade do oprimido. Todavia nos dias de hoje, e também no passado, duas são as maiores escravidões, a escravidão do pecado e a escravidão do vício, com ou sem pecado. Neste sentido muito particular e preciso nós temos a componente da vontade, assim as pessoas livremente se apegam a escravidão do pecado e ou do vicio. Então a observação dos fatos nos diz que também a escravidão gera um estado de dependência voluntaria, um sentido de pertença, e uma licença entendida como liberdade, ou seja, existe tanto uma fraternidade para o Mal como para o Bem, e existe uma mobilidade voluntaria para o Mal como para o Bem. Se você não entendeu dou-te esse simples exemplo: podemos traficar pessoas para livrá-las do cativeiro imerecido ( O resgate dos santos, por exemplo) ou de um regime de exceção, como também podemos traficar pessoas para a prostituição, adoção ilegal, experiência cientifica ou trabalho escravo. Existem outras possibilidades bastante sutis. Por exemplo, numa sociedade onde não há mobilidade social, isto é, onde as pessoas que nascem em uma classe social, não podem galgar outra condição social, existe claramente um sistema de inibição da mobilidade o que caracteriza escravidão.
O Papa Francisco fala que Jesus Cristo, veio para nos libertar, na verdade para nos redimir. Assim quem liberta deve ser livre, o que nos leva a perguntar: Que tipo de liberdade tinha Jesus Cristo? A resposta é clara nos Evangelhos, a liberdade de Cristo consiste em fazer a vontade do Pai, e realizá-la ate a morte. Claro está que a Liberdade do Senhor é um serviço a Deus Pai, em favor dos homens. Penso que aqui já podemos concluir: ou servimos a Deus fazendo o Bem, ou servimos ao Mal. Ou vivemos a fraternidade e sentimento de pertença fazendo o Bem, ou somos fraternais na pratica do mal. 
Observamos as escravidões mais explicitas e próxima aos nossos tempos  e notou-se que raramente houve ações individuais de libertação, na verdade, ou foram ações coletivas, ou foram resultados do afrouxamento dos opressores por razões políticas e econômicas.

Assim, aqueles que se julgam oprimidos precisam desejar não o serem, e desejar coletivamente; e àqueles que não se julgam, mas são opressores, só nos resta dizer: Na opressão não haverá justiça, e sem justiça não viveremos coletivamente o Reino de Deus. 

  wallacereq@gmail.com

domingo, 13 de janeiro de 2013

Quando as mulheres governaram a Igreja.

Quando as mulheres governaram a Igreja.


A historia é um pouco longa, e precisaria de uma visão do que foi o cesaropapismo e posteriormente o que foi o Protetorado, forma política de restaurar o Império Romano. Mas não aprofundarei o tema aqui, apenas lembrarei a pressão que sentia Roma com as investidas dos sarracenos. Eram então três as forças políticas do mundo dito civilizado. O sultanato, Bizâncio, e Roma, essa ultima restaurada por Pepino e Carlos Magno.

Com a morte de Carlos Magno, depois de um período de prosperidade de Roma e do cristianismo, a Igreja entrou em uma fase de graves conflitos, iniciados no século IX e amenizados no final do século XI.

Historiadores do mais alto padrão esmiuçaram a historia da Igreja e a História Universal e concluiu que nunca existiu a “famosa” papisa Joana. Portanto não é sobre isso que estaremos falando aqui.

O século X foi também chamado o Século de Ferro. Quando Guido de Espoleto constrangeu ao Papa Estevão II a coroá-lo imperador em 887 a Igreja entra em uma fase de desordens e escândalos. Embora exista a promessa de Nosso Senhor que as portas do inferno não prevalecerão sobre a Igreja nesse período houve muitos papas indignos, embora como comprove os documentos eclesiais, nenhum tentou mudar a doutrina para justificar seus erros morais e outros. È a tal Infalibilidade papal em fé e moral. Ao sabor dos interesses do Império que mantinha a Igreja sob o regime político do Protetorado, papas eram eleitos, assassinados, presos, depostos e profanados, ate depois de mortos como foi o caso do papa Formoso em 806 que foi tirado do tumulo pela esposa do imperador Guido chamada Agiltrudes. Sob a influencia dessa mulher terrível sucederam-se nove papas dentro de oito anos, alguns governaram por 20 ou 15 dias, três morreram na prisão e três foram assassinados. Havia então um governo indireto da Igreja pela esposa do imperador.

Com a eleição de Sergio III Papa, em 904 triunfou partido da nobreza, dirigida então por Teofilato, sua ambiciosa esposa Teodora e suas filhas Teodora II e Morázia.

Essas mulheres manipularam o papado por trinta longos anos. Quando João X, um papa de valor deu sinais de articular a independência da Igreja acabou morrendo na prisão por inspiração de Morázia quer levou ao trono pontifício seu próprio filho João XI em 931. Morta Morázia, seu filho Alberico deixou-se influenciar pelo monge Odon de Cluny, que aliviou as pressões sobre a Igreja. Todavia um belo dia Alberico nomeou papa seu filho de apenas 16 anos que levou o nome de João XII e levou vida indigna, mas esse também não mudou uma vírgula da doutrina cristã para justificar seus vícios (possível por ser imberbe e efeminado tenha sido motivo para a lenda da papisa Joana, mas é uma hipótese minha).

No entanto foi esse jovem papa que convocou Oton da Alemanha e o sagrou imperador restaurando assim o Império do Ocidente agora chamado Santo império Germânico. Oton comprometeu-se a proteger a Igreja (protetorado), mas essa proteção tornou-se tirania sobre a Igreja abuso que durou de 967 a 1058. Com a briga entre italianos e germânicos, logo no inicio do protetorado, voltou a dominar o poder a casa de Teofilato (?). Este imperador, para escândalo de todos nomeou como papa um menino de 12 anos chamado Bento IX cuja conduta excedeu a maldade de João XII e causou uma grande revolta popular. Assim nasceu pela urgência dos fatos no mosteiro de Cluny um movimento de restauração e libertação da ingerência dos imperadores liderada por São João Gualberto e São Romualdo e suas novas ordens. Esse germe de libertação iria se concretizar com Gregório VI que ajudado por Hildebrando inicia uma forte reação que será intensificada por Leão IX.

Ainda foram eleitos pelos imperadores Henrique III e Nicolau II em 1059. Este ultimo aprova a Constituição que afastava a possibilidade de leigos serem eleitos papas, que agora passava a ser privilegio dos cardeais. Alexandre II em 1063 já foi eleito pelos cardeais. Essa lei perdura até os dias de hoje.

Estava liberto o papado, mas ainda faltava libertar a Igreja que só aconteceria depois da dura batalha contra a investidura leiga, e a investidura sacerdotal no governo temporal.

Fico por aqui. Como vocês viram, além de Nossa Senhora, pela intercessão de quem Jesus faz seu primeiro milagre nas bodas de Canaã, as mulheres leigas mandaram sim, indiretamente, na Igreja.

wallacereq@gmail.com



terça-feira, 13 de setembro de 2011

A Concupiscência da Carne numa visão critica e leiga.

A Concupiscência da Carne

O leitor de boa vontade deve saber que os moralistas católicos não brincam em serviço. Não pegam um tema na internet superficialmente e pronto. Para algumas definições morais e doutrinárias, sempre definidas pelo Papa, por vezes leva-se dezenas de anos e até séculos onde são estudadas todas as variáveis do comportamento humano e suas conseqüências. Assim, quando você, leitor de boa vontade, lê um artigo leigo como o meu, revista-se de prudência, pois as conclusões podem estar erradas. É, portanto, como muita humildade que eu escrevo esse artigo, e aconselho: na dúvida consultem-se as Encíclicas Papais e os grandes Moralistas.

A concupiscência.
Se formos a um bom dicionário, ou a Bíblia em João, ou ao Catecismo Romano, veremos que a palavra diz respeito ao apetite, a cobiça, ao desejo. Sobre modo ao ardente desejo do sexo, também chamado desejo, ou apetite da carne. Este desejo nos acompanhará durante toda a vida, nos diz São Paulo com a expressão, até o fim carreguei o Aguilhão da Carne. E ele era santo. Alguns autores nos dizem que o antônimo de concupiscência é incontinência, (não praticar o sexo) eu tenho a tendência a discordar.

Vejam o porquê. Quando Deus criou Adão e Eva, os criou com órgãos sexuais. Ou seja, antes do pecado original já poderemos supor que, em Genesis havia uma intencionalidade na criação do homem e sua companheira. Deus criou a carne humana e a dotou de desejo. O Genesis nos diz que Deus criou todas as criaturas, macho e fêmeas os criaram, e disse, multiplicai-vos. Donde dizer que a concupiscência vem do mundo, me parece redundância, pois Deus criou o homem da terra, (Não nos tire do mundo, mas nos livre do Mal) salvo se mundo aqui tem outro sentido. Pois Deus criou o homem espiritual e carnal, e o desejo da carne, assim como o seu órgão sexual foi criado por Deus. Sem o que não o teria mandado multiplicar-se.

Existem duas passagens do Evangelho, que nunca (ou raramente) são citadas pelos moralistas superficiais: “Se não resistes à concupiscência case-se”; e “O casamento é remédio para a concupiscência”. Ora, olhando superficialmente podemos concluir que a concupiscência é um inimigo a resistir, e uma doença que precisa de remédio.
Mas a realidade em nosso entorno nos diz eloqüentemente outra coisa: a Concupiscência é a nossa verdadeira mãe e o desejo de Deus o nosso pai. Como assim? Com exceção de Adão e Eva, e a concepção de Jesus Cristo, todos nós, incluindo a Virgem Maria fomos concebidos pelos desejos da carne, pelo ato e desejo sexual de um casal e pela vontade de Deus (sem o que não nos seria possível conceber).

Então qual é o remédio e a resistência para a concupiscência? Nas duas frases acima esta a resposta. Se não podemos resistir, nos casemos. Então está dito, se não podemos permanecer solteiros sem a cobiçada carne, tomemos o caminho do casamento. É isso que esta dito; A outra frase nos diz: O casamento é remédio para a concupiscência. Ora, mas o remédio, esta claro, é a satisfação dos desejos da carne no casamento que não pudemos resistir em solteiros. Essa responsabilidade de satisfação mutua esta bem expressa em outra passagem Bíblica: "O homem que repudia a sua mulher a induz ao adultério (e vice versa)". Ora, é tão grande a responsabilidade de consolo mutuo no casamento, que ao se negarem ao consolo entre marido e mulher (repúdio) ambos induzem um ao outro ao adultério. Pois o desejo e o apetite da carne, que não foi resistido quando solteiro, impõe-se ao casal por livre opção: Se não podes resistir à concupiscência case-se. E casar-se é consolar-se mutuamente sob pena de se sofrer o adultério. Com a satisfação do homem pela sua mulher, e da mulher pelo seu homem ocorre, podemos dizer, o resfriamento das paixões como o remédio trás o resfriamento da dor. Mas esse consolar-se, é preciso que se diga, não é apenas realizar o coito, mas é consolar as inúmeras necessidades sexuais, afetivas e emocionais que existem entre o homem e a mulher que escolheram livremente a seguirem junto o caminho da vida. Quando a Bíblia diz ao solteiro que não pôde resistir aos seus desejos que se case, é para preservar a prole, pois esses desejos se realizados levarão ao nascimento de novas vidas que precisarão do pai e da mãe de quem recebem a herança. Portanto para os que se casam é imperativo o consolo mútuo de qualidade. Para que nenhum dos cônjuges se veja impelido a procurar esse consolo fora do lar. Desse consolo mutuo nascerão naturalmente outros seres prolongando a responsabilidade mutua do casal. Mas prestem atenção em algo:

O próprio Deus nos criou com um ciclo de fertilidade seguido de infertilidade, donde sem esforço poderemos concluir que nem todo ato sexual será fértil, sendo assim, o homem e sua mulher no exercício do consolo mutuo realizarão atos férteis e inférteis, donde em absoluto não poderemos concluir que exista uma orientação para os homens e suas esposas se consolarem apenas na fertilidade, ou seja, praticarem o sexo apenas para a procriação. A Igreja nunca ensinou isso, e João Paulo II, em uma das suas cartas (encíclicas) deixa claro: O sexo entre o casal deve ser, ou estar aberto para a vida, para a concepção, e isso quer dizer, fique bem claro, que a Igreja desaconselha que o casal procure exclusivamente meios para o consolo infértil, estéril, pois Deus os criou Macho e Fêmea para que se reproduzissem, não apenas, para que buscassem a satisfação egoística das suas concupiscências (multiplicai-vos). Então fica-nos bem claro que os Homens e Mulheres se unem para o consolo mutuo e para a propagação da vida humana. (ver catecismo romano) Embora esteja também claro que o casamento é remédio para os desejos da carne satisfazendo-os moral e licitamente no casamento pelos motivos já ditos acima. Pois o casamento é o único sacramento cristão celebrado pelos cônjuges, tendo a Igreja na pessoa do Sacerdote como testemunha (ver Catecismo Romano) donde o Cristianismo reconhece a sua instituição natural desde o início dos tempos. É o homem e a mulher que se dão um ao outro. E se dão para serem um casal, e o casal acasala. E essa união, embora livre, é do desejo de Deus, pois leremos: "O que Deus uniu o homem não separe."
Todavia, posso dizer que o desejo da carne voluntariamente desordenado tem um efeito como o de um amontoado de palavras desordenadas sobre o papel, torna-se incompreensíveis, confusas, aleatórias permitindo múltiplas e confusas interpretações. O sexo é relacionamento, e relacionar-se é comunicar-se. A comunicação deve ser precisa, clara inteligível se quer ser eficiente e objetiva. Ora os desejos da Carne vividos desordenadamente, entre o casal constroem um texto moral e uma mensagem confusa e incompreensível para os cônjuges entre si, para possíveis parceiros externos (adúlteros) e para os frutos de seu amor, a prole, que terão claramente dificuldades de interpretação de suas próprias histórias pessoais no contexto relacional, familiar e de uma moral incompreensível.

Qualquer dúvida sobre minhas conclusões recorram aos documentos oficiais da Igreja, mas não o façam pela Internet, pois na maioria das vezes estão alterados. Como quase tudo na Internet. Assim aconselho.

wallacereq@gmail.com

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O G 23 História da Igreja tem hoje apenas 119 textos.

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

Parabéns para você!

Estamos fazendo aniversário: Grupo de Estudos 23 de Outubro.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Testemunho pessoal.

Testemunho pessoal.
A vida me separou de meus irmãos.
Todavia eu trabalhei com meu irmão Maurício então Deputado Federal enquanto Requião exercia um mandato no Senado Federal (1996).
Desse período posso dizer com absoluta segurança que meus irmãos se posicionaram contra a lei do aborto. E que eu fiz um livro em 517 cópias ( 218 páginas) posicionando-me, como Secretário Parlamentar, contra a lei de Marta Suplicy ( PT) que pretendia legalizar o casamento (união civil) entre parelhas de pessoas do mesmo sexo. O projeto de lei acabou não sendo votado. Este livro pode ser consultado na Biblioteca Pública do Paraná, numa edição xerox, capa dura. TÍtulo Homossexualismo. Os demais foram entregues aos deputados federais de então.


Conheça o meu Blog Heterofobicos.